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Outubro Rosa - Leia a entrevista da servidora Rozaine Carvalho e saiba como a paciente em remissão de câncer de mama ressignificou o apreço pela vida

Publicado: Segunda, 30 de Outubro de 2023, 16h26 | Última atualização em Segunda, 30 de Outubro de 2023, 16h53

Para encerrar um mês de campanha contra o câncer de mama, o IFNMG também entrevistou a servidora Rozaine Carvalho, paciente em remissão, que, mesmo diante de um grande desafio, decidiu ser otimista, cultivar a felicidade e encarar a vida de maneira mais leve

 

Ao longo deste mês de outubro, o Instituto Federal do Norte de Minas (IFNMG), que aderiu ao movimento Outubro Rosa, organizou diversas atividades para propagar para toda a população, especialmente para todas as famílias e mulheres do Norte e Noroeste de Minas, Jequitinhonha e Vale do Mucuri a importância da prevenção, do autocuidado e do diagnóstico precoce no combate ao câncer de mama.

Nas segundas-feiras do mês, servidores e estudantes foram convidados a se vestirem de rosa. Também foi realizada no último dia 24/10 uma Roda de Conversa com a médica oncologista Priscila Miranda, fundadora e presidente da Associação Presente, e com as servidoras do IFNMG Josiane Fernandes e Rozaine Carvalho, a qual nos concedeu esta entrevistas.  A servidora Josiane também foi entrevistada e você pode acessar a entrevista dela clicando aqui.


A Roda de Conversa foi transmitida ao vivo e a gravação do vídeo está disponível no canal oficial do IFNMG, no YouTube. Clique aqui para assistir à Roda de Conversa “Câncer de Mama: prevenção e diagnóstico”, com a médica oncologista Priscila Miranda e com as servidoras do IFNMG Josiane Fernandes e Rozaine Carvalho


WhatsApp Image 2023 10 20 at 15.26.10A servidora do IFNMG Rozaine Carvalho foi diagnosticada com câncer de mama em 2020. Agora, em remissão (quando a doença não é mais detectada), a servidora segue apreciando a vida, aproveitando cada oportunidade e compartilhando sua história: "compartilhar minha experiência e história pode ajudar a conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção, autocuidado e diagnóstico precoce"

Nesta entrevista, você vai ter a oportunidade de conhecer um pouco sobre a história da servidora Rozaine Rosa Carvalho, 57 anos, técnica-administrativa, responsável pelo Núcleo de Iniciação Científica da Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (Proppi) do IFNMG. Ela foi diagnosticada com câncer de mama em maio de 2020. 

Depois de enfrentar um dos momentos mais difíceis da sua vida, ela afirma que a experiência de lutar contra o câncer de mama foi uma professora, que a ensinou “a apreciar a vida de uma maneira totalmente nova e a abraçar cada oportunidade com gratidão e determinação.  Agora, eu me recuso a me prender a qualquer coisa que me deixe triste ou infeliz. Meus objetivos agora são claros: quero realizar todos os meus sonhos e aspirações. Minha principal meta é buscar a felicidade ao lado das pessoas que me amam e valorizar cada momento precioso ao máximo”. 

 
IFNMG - Rozaine, os estudos estimaram para 2023 mais de 73 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. Você teve o diagnóstico em 2020, quando a estimativa foi de quase 70 mil novos casos. Imagino que à época do diagnóstico, o susto tenha sido inevitável. Mas qual é hoje a sua percepção ao constatar que você fez parte desses números?

Rozaine Carvalho - Inicialmente, foi extremamente assustador receber o diagnóstico em 2020, especialmente porque eu não tinha ideia da magnitude dos casos de câncer de mama no Brasil naquele momento. Ser o primeiro caso na minha família tornou a situação ainda mais surpreendente e difícil de aceitar. No entanto, ao longo do processo de tratamento e recuperação, desenvolvi uma profunda compreensão da importância da prevenção. Isso também reforçou a minha convicção sobre a necessidade de conscientização e cuidados regulares para que outras pessoas possam ter a mesma oportunidade de cura que eu tive.  

 
IFNMG - O seu tratamento ocorreu durante um período, mundialmente, difícil, já que estávamos em meio à pandemia da covid-19. Quais foram as fases do seu tratamento e como você lidou com a pandemia e com a luta contra o câncer de mama?

Rozaine Carvalho - Descobrir que tinha câncer de mama bem no início da pandemia foi uma experiência assustadora e desafiadora. O cenário global já estava tenso devido à pandemia de covid-19, e essa descoberta trouxe uma mistura de medos. Estávamos lidando com um vírus para o qual ainda não tínhamos uma vacina, e eu sabia que precisaria ser especialmente cuidadosa, já que meu sistema imunológico ficaria comprometido devido ao tratamento. Inicialmente, passei por duas cirurgias na mama (quadrantectomia) e, logo após, dei início às sessões de quimioterapia e radioterapia. Lidar simultaneamente com a pandemia e a luta contra o câncer de mama exigiu uma atenção redobrada com minha saúde


"Não tenho nenhum problema em falar abertamente sobre o câncer de mama. Acredito que o silêncio não faz com que a doença desapareça, mas compartilhar minha experiência e história pode ajudar a conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção, do autocuidado e do diagnóstico precoce", Rozaine Carvalho


IFNMG - Entre as mulheres, o câncer de mama é a causa mais frequente de morte. Hoje, você é uma paciente em remissão, o que significa que o câncer não é mais detectado por nenhum exame. Os estudos indicam que quando o paciente permanece em remissão completa por cinco anos ou mais, normalmente, pode ser considerado curado. Qual é a sensação de estar nesse estágio do tratamento?

Rozaine Carvalho - Estou atualmente no terceiro ano de tratamento, e desde o início, eu mantive uma confiança sólida na possibilidade da cura. Apesar dos desafios, optei por ser otimista. Claro, há momentos em que permito a tristeza, mas na maior parte do tempo, me esforço para cultivar a felicidade, priorizar a minha própria saúde e bem-estar, e encarar a vida de maneira mais leve. Concentrei-me em focalizar no que realmente importa, o que me permitiu atravessar esse estágio do tratamento com determinação e esperança. Estar nesse ponto, onde não há mais detecção do câncer nos exames, é uma sensação alívio e gratidão, mas também uma motivação contínua para cuidar de mim mesma e viver da melhor forma possível.  

 
IFNMG - Em que você se apoiou para passar por esse desafio para superar a doença? E como mulher, quais foram as principais dificuldades que você passou?

Rozaine Carvalho - Primeiramente, encontrei apoio em minha fé em Deus e na minha família que me acolheu e cuidou de mim. Mesmo durante a pandemia, quando o contato físico era limitado, recebi mensagens positivas e encorajadoras de amigos, o que foi incrivelmente reconfortante. Uma das principais dificuldades que enfrentei como mulher foi a transformação da minha imagem refletida no espelho. Sempre fui vaidosa e, ao perder os cabelos, tentei usar maquiagem e penteados criativos para disfarçar essa mudança. Entretanto, eu constantemente me lembrava de que essa situação era temporária. Mantive a mentalidade de que tudo isso passaria, e nada disso era definitivo. Essa perspectiva positiva e a certeza de que a adversidade era passageira foram fundamentais para me manter forte durante esse desafio.  


"Apesar dos desafios, optei por ser otimista. Claro, há momentos em que permito a tristeza, mas na maior parte do tempo, me esforço para cultivar a felicidade, priorizar a minha própria saúde e bem-estar, e encarar a vida de maneira mais leve", Rozaine Carvalho


IFNMG - Muitas mulheres não se sentem confortáveis em falar sobre o câncer de mama. Qual a sua análise sobre a importância de falar sobre prevenção, autocuidado e diagnóstico precoce no combate ao câncer de mama? Por que você se engaja nessa luta?

Rozaine Carvalho - Não tenho nenhum problema em falar abertamente sobre o câncer de mama. Acredito que o silêncio não faz com que a doença desapareça, mas compartilhar minha experiência e história pode ajudar a conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção, do autocuidado e do diagnóstico precoce. A detecção precoce é fundamental para aumentar as chances de cura, e acredito que quanto mais as pessoas entenderem isso, mais atentas estarão para cuidar de sua saúde. Meu envolvimento nessa luta é impulsionado pela esperança de que minha história possa inspirar outros a cuidar de si mesmos e buscar exames regulares, permitindo um diagnóstico precoce que pode fazer toda a diferença na trajetória de tratamento e recuperação


"Uma das principais dificuldades que enfrentei como mulher foi a transformação da minha imagem refletida no espelho. Sempre fui vaidosa e, ao perder os cabelos, tentei usar maquiagem e penteados criativos para disfarçar essa mudança. Entretanto, eu constantemente me lembrava de que essa situação era temporária. Mantive a mentalidade de que tudo isso passaria, e nada disso era definitivo. Essa perspectiva positiva e a certeza de que a adversidade era passageira foram fundamentais para me manter forte durante esse desafio", Rozaine Carvalho


IFNMG - Como servidora do IFNMG, na Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, qual deve ser, em sua opinião, o papel de instituições como o IFNMG no combate ao câncer de mama e no acolhimento de pacientes?

Rozaine Carvalho - Acredito que o papel das instituições como o IFNMG na luta contra o câncer de mama vai além da simples divulgação de informações. Embora pareça óbvio que as pessoas conheçam os riscos e as formas de prevenção, ainda há muita desinformação sobre o assunto. Portanto, é crucial promover discussões e campanhas educativas para conscientizar a comunidade sobre a importância da prevenção. Além disso, é essencial oferecer um ambiente de acolhimento para pacientes, entender a delicadeza desse momento e oferecer apoio emocional. O acolhimento e o suporte emocional fazem toda a diferença no processo de cura e na qualidade de vida dos pacientes. Estamos não apenas disseminando informações, mas também construindo um ambiente de compreensão, solidariedade e esperança para aqueles que enfrentam essa batalha.

 
IFNMG -  Depois de superar esse desafio, qual o significado da vida para você?

Rozaine Carvalho - Superar esse desafio transformou completamente o significado da vida para mim. Cada manhã que acordo tem um novo significado. Essa experiência me ensinou a apreciar a vida de uma maneira totalmente nova e a abraçar cada oportunidade com gratidão e determinação. Agora, eu me recuso a me prender a qualquer coisa que me deixe triste ou infeliz. Meus objetivos agora são claros: quero realizar todos os meus sonhos e aspirações. Minha principal meta é buscar a felicidade ao lado das pessoas que me amam e valorizar cada momento precioso ao máximo. 


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